A educação demanda atenção e sensibilidade, pois é por meio dela que se desvelam os sentidos da vida individual e coletiva. É nessa perspectiva que a pedagoga e pesquisadora Cláudia Moraes da Costa Vieira apresenta o livro Ao garimpar pedrinhas, prosas e sementes, que nasce do encontro entre sua experiência de 33 anos na Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF) e sua investigação em ecologia humana e ambiental.
Ao mesclar memórias de sala de aula, reflexões sobre a natureza e a escuta de outros educadores, ela aponta o ato de ensinar como um caminho para o autoconhecimento, cuidado e transformação.
Marcada por influências familiares que valorizavam a persistência e superação, a autora transformou essas vivências em um propósito educativo, convertendo desafios em conquistas para si e para seus alunos.
Por meio de metodologias que incluem respiração consciente e diálogo, ela articula saberes e práticas que fortalecem a sala de aula como território de comunicação. Essa abordagem promove não apenas o aprendizado acadêmico, mas também o desenvolvimento humano, a criatividade, o pensamento crítico e a formação de cidadãos.
Assim, é função da educação considerar que o despertar da consciência também possa ser aprendido na escola. É atribuir sentido a escola e aos papeis de todos os seus segmentos e projetos e a compreensão da tarefa de formar seres humanos conscientes e atentos à vida. Uma vida singular, coletiva, local e mundial e por esses elementos ecológica. (Ao garimpar pedrinhas prosas e sementes, p. 50)
Com uma linguagem que valoriza a avaliação formativa e os ambientes restauradores, Cláudia Moraes da Costa Vieira revela como a dimensão política e afetiva da educação é capaz de potencializar os indivíduos em sua liberdade e integralidade.
Segundo ela, essa relação entre a consciência e o mundo é essencial para construir uma sociedade democrática e ecológica. Neste sentido, ao unir práticas de conexão com a natureza e promoção de valores sustentáveis, a autora reforça a importância de uma alfabetização ampla que prepara os alunos para habitar o planeta de forma responsável.
Mais do que um relato profissional, a publicação é um convite ao “garimpo” de pequenas experiências — as pedrinhas, prosas e sementes — que revelam a potência do aprender coletivo. É, ao mesmo tempo, autobiografia pedagógica e inspiração para educadores que buscam práticas humanizadoras, criativas e engajadas na construção de um mundo mais justo e sensível.
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