No mundo acelerado, onde o excesso de estímulos se mistura às demandas diárias, encontrar tempo para olhar para dentro parece um luxo distante. Foi dessa necessidade que nasceu Um lugar chamado Eu, de Frederico Fernandes — uma coletânea de textos que, inicialmente sem pretensão de publicar, acabou se transformando em um espaço literário de acolhimento, reflexão e presença.
O autor parte de experiências íntimas, escritas inicialmente como um exercício de organização emocional e clareza mental, para oferecer ao leitor uma jornada de autoconhecimento. “Escrevi sem buscar grandes respostas, mas com a vontade real de me aliviar, de me encontrar. E talvez seja justamente isso que o torna especial: ele não ensina, não dita caminhos — ele acompanha”, afirma Frederico.
Já parou para pensar quanto tempo desperdiçamos deixando para depois tudo aquilo que não queremos encarar no momento? Já parou para pensar quantas vezes adiamos a nossa felicidade simplesmente por achar que tudo vai ser igual? Já parou para pensar quantas vezes dissemos ‘não’ a nós mesmos só pelo simples medo de tentar? (Um lugar chamado Eu, p. 109)
A obra é composta por pequenos ensaios e crônicas que abordam temas universais: o peso da saudade, a coragem de escolher, o medo de se perder, o impacto da autossabotagem, a necessidade de se encaixar o tempo todo e a importância de desacelerar. Cada texto funciona como uma pausa em que o leitor é convidado a respirar fundo, refletir e, talvez, encontrar um pouco de si mesmo nas palavras.
Com uma escrita delicada e honesta, o autor costura memórias, questionamentos e epifanias em páginas que transitam entre o íntimo e o coletivo. Ao falar de vulnerabilidade, ele também fala de força. Ao refletir sobre silêncios, revela diálogos profundos que só acontecem dentro de nós. É uma publicação que não oferece fórmulas, mas abre caminhos para que cada um construa os seus.
Mais do que uma leitura, Um lugar chamado Eu é um encontro — com as próprias fragilidades, com o desejo de recomeçar e com a possibilidade de viver com mais leveza. "Meu desejo é que, ao ler, cada um possa reconhecer sua própria humanidade e aliviar um pouco o peso da mochila emocional que todos carregamos”.
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